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quinta-feira, 5 de junho de 2008

União Europeia

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União Europeia / Européia
nomes em todas as línguas oficiais
Bandeira Símbolos
Lema: In varietate concordia
(Latim: "Unidos na diversidade")
Lema nas outras línguas oficiais
Hino nacional: Ode à Alegria
Gentílico: europeu; europeia

Localização da

Localização da União Europeia
Capital Bruxelas
Estrasburgo
Luxemburgo (centros políticos)
Cidade mais populosa Londres
Língua oficial 23 línguas oficiais
Governo União supranacional
- Presidente da Comissão Europeia J. M. Durão Barroso
- Presidente do Parlamento Europeu Hans-Gert Pöttering
- Presidente do Conselho Europeu Janez Janša
Formação
- Tratado de Roma 25 de março de 1957
- Tratado de Maastricht 7 de fevereiro de 1992
Área
- Total 4.324.782 km² ()
- Água (%) 3,08
População
- Estimativa de 2007 494.070.000 hab. ()
- Densidade 114 hab./km² (69º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
- Total $14.953.000.000 ()
- Per capita $28.213 (14º)
Moeda euro1 (EUR)
Fuso horário 0 a +2 (UTC)
Cód. Internet .eu
Cód. telef. +vários
Website governamental www.europa.eu

Mapa da

1 Além do euro há outras 14 moedas de curso legal fora da actual zona euro.

A União Europeia (português europeu) ou Européia (português brasileiro) (UE), anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE) e Comunidade Europeia (CE), é uma organização internacional constituída actualmente por 27 estados membros. Foi estabelecida com este nome pelo Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo.

A União Europeia tem muitas facetas, sendo as mais importantes o mercado único europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o euro, adoptado por 15 dos 27 estados membros) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. A União Europeia desenvolve também várias iniciativas para a coordenação das actividades judiciais e de defesa dos Estados Membros.

O Tratado de Paris, assinado em 1951, estabelecendo a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e os Tratados de Roma, assinados em 1957, instituindo a Comunidade Económica Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica ou Euratom, foram assinados por seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Depois disto, a UE levou a cabo seis alargamentos sucessivos: em 1973, Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; em 1981, Grécia; em 1986, Portugal e Espanha; em 1995, Áustria, Finlândia e Suécia; a 1 de Maio de 2004, República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta e Polónia; a 1 de Janeiro de 2007, Bulgária e Roménia.

Em 1972 e 1994, a Noruega assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país. À população helvética foi também proposta a adesão do país à União, mas foi rejeitada através de referendo popular em 2001.

A Croácia, Turquia e Macedónia são candidatos à adesão à UE. As negociações com estes países iniciaram-se oficialmente em Outubro de 2005 mas ainda não há uma data de adesão definida - o processo pode estender-se por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da França e da Áustria.

Índice

[esconder]

[editar] Geografia

Ver artigo principal: Geografia da União Europeia

A geografia da União Europeia é muito variada, apresentando várias áreas climáticas, incluindo as regiões ultraperiféricas; estas incluem a maior parte dos tipos de clima, desde o clima polar até ao clima equatorial. A maior parte da população vive em áreas com clima mediterrânico, clima temperado, clima oceânico e clima continental. Podemos dividi-las em:

As principais cadeias montanhosas são: os Alpes, os Cárpatos, os Balcãs e os Pirenéus.

A maior planicie da União Europeia é a Grande Planície Europeia, que abrange todos os estados-membros da Europa Central e uma parte dos estados-membros da Europa Ocidental e da Europa Central.







[editar] Território/Estados-membros

Estados Na língua local *
Alemanha Alemanha Deutschland DE
Áustria Áustria Österreich AT
Bélgica Bélgica België · Belgique · Belgien BE
Bulgária Bulgária България BG
Chipre Chipre Κύπρος CY
República Checa República Checa Česká republika CZ
Dinamarca Dinamarca Danmark DK
Eslováquia Eslováquia Slovensko SK
Eslovênia Slovenija SI
Espanha Espanha España ES
Estónia Estônia Eesti EE
Finlândia Finlândia Suomi FI
França França France FR
Grécia Grécia Ελλάδα GR
Hungria Hungria Magyarország HU
Irlanda Irlanda Éire IE
Itália Itália Italia IT
Letónia Letônia Latvija LV
Lituânia Lituânia Lietuva LT
Luxemburgo Luxemburgo Luxembourg LU
Malta Malta Malta MT
Países Baixos Nederland NL
Polônia Polônia Polska PL
Portugal Portugal Portugal PT
Reino Unido Reino Unido United Kingdom GB
Romênia România RO
Suécia Suécia Sverige SE
Em negociação
Rep. da Macedónia Република Македонија MK
Croácia Hrvatska HR
Turquia Türkiye TR
AlemanhaÁustriaBélgicaBulgáriaChipreDinamarcaEspanhaEstôniaFinlândiaFrançaGréciaHungriaIrlandaItáliaLetôniaLituâniaLuxemburgoMaltaPaíses BaixosPolôniaPortugalRoméniaReino UnidoRepública ChecaEslováquiaEslovéniaSuéciaCroáciaTurquiaRepública da Macedónia
Sobre esta imagem
Região ultraperiférica da União Europeia

França: Guiana Francesa (GF ) - Guadalupe (GP) - Reunião (RE) - Martinica (MQ)
Portugal: Madeira (Mad) - Açores (Azo)
Espanha: Ilhas Canárias (Can)

(*)= ISO 3166-1

[editar] Economia

Ver artigo principal: Economia da União Europeia

A economia da União Europeia é baseada num sistema capitalista liberal sendo ligeiramente maior do que a economia dos Estados Unidos da América.

O principal objectivo económico da União Europeia é promover uma economia livre, concorrencial e sem barreiras comerciais tanto ao nível das mercadorias, dos capitais, como dos seus cidadãos e nomeadamente dos seus trabalhadores. Por esse motivo existem diversos mecanismos que asseguram estas liberdades, a Comissão Europeia como guardiã dos tratados vela para que os Tratados no âmbito da concorrência e da livre circulação de mercadorias, capitais e trabalhadores sejam respeitados, todos os cidadãos, entidades colectivas e estados podem recorrer destas decisões para o Tribunal de Justiça da União Europeia, e o Tribunal de Justiça da União Europeia vela para que caso a Comissão Europeia não aja em defesa dos Tratados para que este faça jurisprudência nesses assuntos.

[editar] História

Ver artigo principal: História da União Europeia

O século XX foi tragicamente marcado pela ascensão e posteriormente pela queda das ideologias totalitárias. Já no terceiro milénio, a união voluntária dos povos europeus continua a ser o único grande esforço colectivo inspirado por um ideal que consiste em superar os conflitos do passado e em preparar o futuro conjuntamente. Afirma-se actualmente como a única resposta credível face aos riscos e às oportunidades criados pela globalização crescente da economia mundial.

Como qualquer história, a da União Europeia teve os seus momentos fortes e as suas datas simbólicas. Sete delas merecem ser recordadas, já que contribuiram para a construção da Europa actual e são igualmente essenciais para o futuro do continente europeu.

[editar] 9 de Maio de 1950: renasce a Europa

Na Primavera de 1950, a Europa encontra-se à beira do abismo. A Guerra Fria faz pesar a ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o termino da Segunda Guerra Mundial, os antigos adversários estão longe da reconciliação.

Como evitar repetir os erros do passado e criar condições para uma paz duradoura entre inimigos tão recentes? O problema fulcral reside na relação entre a França e a Alemanha. É preciso criar uma relação forte entre estes dois países e reunir em seu torno todos os países europeus de orientação liberal da Europa a fim de construir conjuntamente uma comunidade com um destino comum. Mas quando e como começar? Jean Monnet, com uma experiência única enquanto negociador e construtor da paz, propõe ao Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, e ao Chanceler alemão Konrad Adenauer criar um interesse comum entre os seus países: a gestão, sob o controlo de uma autoridade independente, do mercado do carvão e do aço. A proposta é formulada oficialmente em 9 de Maio de 1950 pela França e fervorosamente acolhida pela Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.

O tratado que institui a primeira Comunidade Europeia, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), foi assinado em Abril de 1951, abrindo as portas à Europa das realizações concretas. Seguir-se-iam outras realizações, até se chegar à União Europeia actual, que já abrange o Leste do continente - região da qual esteve demasiado tempo separada, com o colapso do socialismo e da COMECON.

No ano de 1954, devido ao sucesso conseguido pela criação da CECA, os seis componentes desta instituição decidiram criar uma organização que zelaria pela defesa e protecção da Europa (Comunidade Europeia de Defesa; CED). Entretanto, apesar de todos os esforços dedicados na construção deste órgão, ocorreu o seu fracasso. A grande importância deste evento adveio exactamente de seu fracasso, vez que, a partir de então, os Estados passaram a adoptar regras mais modestas e progressivas no ato de aproximar os Estados europeus.

[editar] 25 de Março de 1957: a Comunidade Económica Europeia

O plano Schuman tinha dado origem a uma comunidade especializada em dois domínios decisivos, mas limitados: o carvão e o aço. Sob a pressão da Guerra Fria, foram tomadas iniciativas nos domínios da defesa e da união política, mas a opinião pública não estava ainda preparada para as aceitar. Os seis estados-membros da CECA escolheram portanto uma nova área de integração no domínio económico: a criação de um mercado único.

O Tratado de Roma de 25 de Março de 1957, que institui a Comunidade Económica Europeia (CEE), cria instruções e mecanismos de tomada de decisão que permitem dar expressão tanto aos interesses nacionais como a uma visão comunitária. A Comunidade Europeia constitui doravante o eixo principal em torno do qual se vai organizar a construção europeia.

De 1958 a 1970, a abolição dos direitos aduaneiros tem repercussões espectaculares: o comércio intra comunitário é multiplicado por seis, ao passo que as trocas comerciais da CEE com o resto do mundo são multiplicadas por três. No mesmo período, o produto nacional bruto médio da CEE aumenta 70%. Seguindo o padrão dos grandes mercados continentais, como o dos Estados Unidos da América, os agentes económicos europeus sabem tirar proveito da dinamização resultante da abertura das fronteiras. Os consumidores habituam-se a que lhes seja proposta uma gama cada vez mais variada de produtos importados. A dimensão europeia torna-se uma realidade. Em 1986, a assinatura do Acto Único Europeu permitirá abolir as outras restrições, de ordem regulamentar e fiscal, que atrasavam ainda a criação de um mercado interno (ou mercado único) genuíno, totalmente unificado.

[editar] 20 de Julho de 1963: Iaundé, os primórdios de um papel internacional

Com os seus destinos a unirem-se no continente, os Estados fundadores da Comunidade Europeia assinam com as suas antigas colónias africanas, em 1963, uma convenção que garante a estas últimas certas vantagens comerciais e ajudas financeiras. A Convenção de Lomé, que se seguiu à Convenção de Iaundé, aplica-se actualmente a setenta países da África, das Caraíbas e do Pacífico, tornando a União Europeia a maior fonte de ajuda pública ao desenvolvimento. A cooperação estendeu-se igualmente, sob outras formas, à maior parte dos países da Ásia e da América Latina.

Em 28 de Novembro de 1995, os quinze países da União Europeia e doze países do sul do Mediterrâneo estabelecem uma parceria que deverá conduzir à criação de uma zona de comércio livre, combinada com acordos de cooperação nos domínios social, cultural e humano.

No século XXI assistir-se-á à afirmação da Europa como potência de paz, desde que a União promova a estabilidade e o desenvolvimento nos grandes grupos regionais que a envolvem. Graças ao papel que desempenha nas trocas comerciais mundiais e ao seu peso económico, a União é já um parceiro respeitado nas grandes instâncias internacionais, tais como a Organização Mundial de Comércio ou a ONU.

Progressivamente, a União apoia-se no seu potencial económico para desenvolver a sua influência política e afirmar-se com uma só voz. O Tratado da União Europeia, de 1992, fixa o objectivo e as modalidades de uma Política Externa e de Segurança Comum (PESC), que inclui, a prazo, a definição de uma política de defesa comum. Mas os europeus deverão ainda envidar numerosos esforços para harmonizar a sua diplomacia e a sua política de segurança. É esse o preço, que pressupõe uma vontade política real dos Estados-membros, para que a União possa defender os seus interesses e contribuir para a criação de um mundo de paz e de justiça.

[editar] 1 de Janeiro de 1973: primeiro alargamento da Comunidade Europeia

Anos de entrada dos vários países.
Anos de entrada dos vários países.

A União Europeia encontra-se aberta a todos os países europeus que a ela pretendem aderir e que respeitem os compromissos assumidos nos Tratados da fundação e subscrevem os mesmos objectivos fundamentais. Existem duas condições que determinam a aceitação de uma candidatura à adesão: a localização no continente europeu e a prática de todos os procedimentos democráticos que caracterizam o Estado de direito.

Assim, a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem à comunidade em 1 de Janeiro de 1973. A estas adesões seguiu-se um alargamento ao Sul do continente, durante os anos oitenta, com a Grécia, a Espanha e Portugal a afirmarem-se como nações democráticas. A terceira vaga de adesões, que teve lugar em 1995, traduz a vontade dos países da Europa escandinava e central de se juntarem a uma União que tem vindo a consolidar o seu mercado interno e se afirma como o único pólo de estabilidade no continente, após o desagregamento do bloco soviético.

Eurotower em Frankfurt, Alemanha
Eurotower em Frankfurt, Alemanha

De seis para nove, de doze para quinze membros, a Europa comunitária vai ganhando influência e prestígio. Deve manter um modo de decisão eficaz, capaz de gerir o interesse comum em proveito de todos os seus membros, preservando simultaneamente as identidades e as especificidades nacionais e regionais que constituem a sua riqueza. O maior desafio para que se preparam actualmente os europeus consiste em acolher nos próximos anos os países da Europa central, balcânica, mediterrânica e báltica, que apresentaram a sua candidatura. Como encontrar os recursos necessários que lhes permitam atingir o nível económico e estrutural dos países da UE no mais breve prazo? Como adaptar as instituições para que estas possam continuar a cumprir as suas missões em benefício de uma União de mais de 25 Estados-membros? Estas são as missões históricas que aguardam futuramente os Estados da União.

[editar] 7-10 de Junho de 1979: primeiras eleições directas do Parlamento Europeu por sufrágio universal

O Parlamento Europeu desempenha um papel fundamental no equilíbrio institucional da Comunidade: representa os povos da Europa e caracteriza a natureza democrática do projecto europeu. Desde a sua criação dotado de poderes de controlo do ramo executivo, o Parlamento Europeu dispõe igualmente de poder legislativo, sob forma de um direito de ser consultado sobre os principais textos comunitários, poder que se foi alargando progressivamente para se transformar num verdadeiro direito de co-decisão legislativa. O parlamento partilha, além disso, com o Conselho da União Europeia o poder orçamental. Como são designados os deputados europeus? Até 1979, os membros do Parlamento Europeu eram membros dos parlamentos nacionais, que os nomeavam para os representar em Estrasburgo. A partir de 1979, passaram a ser eleitos por sufrágio universal directo em cada um dos países da União, por mandatos de cinco anos. Os cidadãos escolhem assim os deputados que terão assento, não em delegações nacionais, mas em grupos parlamentares transnacionais, representativos das grandes correntes de pensamento político existentes no continente.

A ambição de criar entre os estados-membros uma relação especial, que lhes permita gerir os seus interesses e os seus diferendos segundo as mesmas regras de direito e os mesmos procedimentos de arbitragem que unem os cidadãos de um estado democrático, é totalmente revolucionária na prática das relações internacionais. "Nós não coligamos estados, nós unimos as pessoas", escrevia Jean Monnet. Assim, as instituições europeias, articulando e conciliando permanentemente os interesses dos cidadãos enquanto tais, devem ser fortes e equilibradas. A dialéctica subtil que funciona desde há cerca de cinquenta anos entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Tribunal de Justiça da União Europeia, representa indubitavelmente uma aquisição fundamental da construção europeia, sendo a chave do seu êxito.

[editar] 17 de Fevereiro de 1986: assinatura do Acto Único Europeu

O objectivo do Tratado de Roma de criar um mercado comum havia sido parcialmente realizado nos anos sessenta, graças à supressão dos direitos aduaneiros internos e das restrições quantitativas às trocas comerciais. Mas os autores do tratado haviam subestimado todo um conjunto de outros obstáculos às liberdades comerciais que eram agora uma realidade, por esse motivo os meios para adoptarem as 300 directivas que tratavam esses assuntos eram necessárias.

Ao objectivo do grande mercado interno, o Acto Único associa estreitamente outro de importância tão fundamental como o primeiro: o da coesão económica e social. A Europa cria assim políticas estruturais em benefício das regiões com atrasos de desenvolvimento ou que tenham sido atingidas por mutações tecnológicas e industriais. Promove igualmente a cooperação em matéria de investigação e de desenvolvimento. Por último, toma em consideração a dimensão social do mercado interno: no espírito dos governantes da União, o bom funcionamento do mercado interno e uma concorrência sã entre as empresas são indissociáveis do objectivo constante que consiste na melhoria das condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus

[editar] 1 de Novembro de 1993: a União Europeia

Ao entrar em vigor, em 1 de Novembro de 1993, o Tratado da União Europeia, assinado em 7 de Fevereiro de 1992 em Maastricht, confere uma nova dimensão à construção europeia. A Comunidade Europeia (o Tratado de Maastricht substituiu o nome Comunidade Económica Europeia), fundamentalmente económica nas suas aspirações e no seu teor, passa estar integrada na União Europeia baseada, doravante em três pilares.

O pilar comunitário (a Comunidade Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica), regido pelos procedimentos institucionais clássicos, faz intervir a Comissão, o Parlamento, o Conselho e o Tribunal de Justiça; gere essencialmente o mercado interno e as políticas comuns.

Os outros dois pilares envolvem os Estados-membros em domínios caracterizados até então como sendo da competência exclusivamente nacional: a política externa e de segurança, por um lado, e os assuntos internos, tais como a política de imigração e de asilo, a polícia e a justiça, por outro. Trata-se de um progresso importante, na medida em que os Estados-membros consideram que é do seu interesse cooperar mais estreitamente nestes domínios, como forma de afirmar a identidade europeia no mundo e de assegurar uma melhor protecção dos seus cidadãos contra a criminalidade organizada e o tráfico de drogas.

Mas o que os cidadãos recordarão do Tratado de Maastricht será provavelmente a decisão que trouxe maior impacto prático à sua vida quotidiana: a realização da União Económica e Monetária. Desde 1 de Janeiro de 1999, a UEM reúne todos os países que cumpriram um determinado número de critérios económicos destinados a garantir a sua boa gestão financeira e a assegurar a estabilidade futura da moeda única: o euro.

Última etapa lógica da realização do mercado interno, a introdução da moeda única, pelas repercussões pessoais que traz para cada cidadão e pelas consequências económicas e sociais de que se reveste, tem um alcance eminentemente político. Pode-se mesmo considerar que o euro será futuramente o símbolo mais concreto da União Europeia. Esta moeda forte, capaz de concorrer com as grandes moedas de reserva internacionais, constituirá o signo distintivo da nossa pertença comum a um continente que se está a unir e a afirmar.

[editar] Tratados

Ver artigo principal: Tratados da União Europeia
União Europeia - Tratados europeus, História da União Europeia

1951 1957 1965 1992 1996 2000 2004 2007



U N I Ã O E U R O P E I A
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)



Comunidade Económica
Europeia
(CEE)
Comunidade Europeia
Euratom (Comunidade Europeia da Energia Atómica)

...Comunidades Europeias: CECA, CEE , Euratom Justiça e
Assuntos Internos


Política Externa e
de Segurança Comum
(PESC)
Tratado de
Paris
Tratado de
Roma
Tratado de
fusão
Tratado de
Maastricht
Tratado de
Amsterdão
Tratado de
Nice
Tratado de Roma II
(Constituição)
Tratado de
Lisboa

"Três Pilares" - Comunidades Europeias (CE, Euratom), Política externa e de segurança comum (PESC), Justiça e assuntos internos (JAI)


A actual União Europeia fundamenta-se juridicamente em quatro tratados fundadores: O Tratado da União Europeia e os três tratados que anteriormente haviam instituído as três diferentes Comunidades.

O Tratado da União Europeia (TUE) criou uma nova entidade - a União Europeia - que se funda nas Comunidades anteriormente existentes e que se mantêm. No âmbito da União, o TUE contém disposições relativas à Política Externa e Segurança Comum (PESC), e à cooperação nos domínios da Justiça e Assuntos Internos (JAI). Além disso, o TUE introduziu alterações na redacção dos Tratados CECA, CEEA e, especialmente, do Tratado CEE. A anterior Comunidade Económica Europeia (CEE) passou a designar-se Comunidade Europeia (CE).

Foram assinados outros tratados que resultaram em algumas reformas nos tratados fundadores e que provocaram alterações a nível institucional.

[editar] Ver também

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Outras organizações internacionais:

[editar] Ligações externas


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